OS
NATIVOS DA TERRA TAMANDAREENSE
Despertava o
radio relógio ao som de uma noticia policial que ocorrera na região
metropolitana, isto já às seis e meia da manhã. Era prenúncio de que
segunda-feira havia raiado. Sem muito tempo a perder com o noticiário,
rapidamente me vesti e alimentei-me. Pois, as sete e quinze era o limite para
sair de casa e chegar no horário no Colégio Estadual Jardim Paraíso, onde
lecionava.
Sem muita
correria, já que a escola fica próxima de minha de casa, cheguei tranquilo,
pronto para “enfrentar” já nas primeiras duas aulas, a 5ª Série A. Como sempre,
encontro a criançada agitada, feliz e extremamente alegre. Porém, como era hora
de aula, tive que acalmar os alunos para que eu pudesse iniciar meu importante
trabalho. Solicitei que pegassem o livro de História e o abrissem na página 60,
para iniciarmos o assunto sobre os indígenas brasileiros. Sem muitas
dificuldades, comecei então a apresentação oral do assunto, e com o auxilio dos
alunos na leitura dos parágrafos do capitulo a serem interpretados e
elucidados.
Eu explicava
que quando as expedições portuguesas não oficiais (secretas), ordenadas por D.
Manuel I, em 1498. Comandadas por Duarte Pacheco, no que tange o objetivo de
explorar o que existia além da linha imaginaria do Tratado de Tordesilhas.
Encontraram terras meridionais (região dos atuais Estados do Maranhão e Pará,
além de alcançarem a foz do rio Amazonas e a Ilha do Marajó) em relação à
descoberta do genovês Cristóvão Colombo a serviço da Espanha em 1492. Mesmo
observando focos de vida humana nativa, Duarte Pacheco ficou contente com o
resultado da expedição.
Posteriormente
ao chegar a Lisboa repassou as informações ao rei. O qual sem se perder em
temores ordenou que se preparasse a mais poderosa frota naval (que mais parecia
uma armada) até então organizada pelo reino luso, (compostas de três caravelas
e dez naus, equipadas com canhões e cerca de 1200 soldados e aproximadamente
300 civis). Entregues sobre a responsabilidade do diplomata e militar Pedro
Álvares Cabral, que foi auxiliado pelos experientes navegadores Bartolomeu Dias
e Nicolau Coelho
[1].
No dia 22 de
abril de 1500, chega a Pindorama (denominação indígena na época para a região
do atual Porto Seguro na Bahia que significa terra das “árvores altas ou
palmeiras altas”), a poderosa expedição. Sendo recepcionada por homens, totalmente
descontextualizado com a cultura e costumes europeus e do mundo condicionado
como civilizado que se tinha da época. Pois, isto ficava claro, pela falta de
vestimenta dos nativos, porém, ornamentados com pinturas e penas, como
descreveu Pero Vaz de Caminha.
Pela sua
natureza diplomática e experiência no árduo serviço de realizar os primeiros
contatos com nativos dos diferentes lugares que encontraram no mundo, (que por
consequência permitiram ao Reino de Portugal ser o maior império ultramarino de
sua época). O grupo de Cabral, não encontrou muitas dificuldades em se
comunicar e estabelecer relações amistosas com os valorados primitivos nativos
ali encontrados inicialmente,...
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